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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O que a crise fez à relação dos portugueses com os seguros?


Nunca os portugueses tiveram tanta necessidade de proteção e de quem assuma despesas inesperadas em caso de sinistro. 



Mas há muito tempo que as famílias não sentiam tanta dificuldade em conseguir pagar os prémios de todos os seguros que precisam. Como pode o mercado segurador responder com mais eficácia às novas necessidades dos portugueses?

E se o Inverno for rigoroso a ponto de um temporal destruir o telhado da sua casa? 

E se um despiste na estrada deixar o seu carro impróprio para circular por meios próprios? 

E se um dos seus filhos necessitar de uma cirurgia com caráter de urgência? 

E se a criminalidade chegar até ao seu bairro e o seu património for escolhido pelos amigos do alheio enquanto você se ausentou para trabalhar?

Se reparar bem, em menos de 30 segundos já leu quatro hipóteses de imprevistos que bem podem deixar danificado o seu orçamento doméstico, caso um destes azares lhe bata à porta. Pensando racionalmente, os portugueses reconhecem, de forma geral, que fará todo o sentido subscrever apólices de seguro que transfiram para uma seguradora a responsabilidade de assumir estas despesas. Mas os tempos estão difíceis para muitas famílias e nem todas podem assumir o encargo que representa o pagamento de prémios de seguros para todas as coberturas que gostariam de subscrever. Na hora de tomar decisões, os seguros obrigatórios ganham preferência. Por vezes, a única preferência.

"Uma crise tem sempre duas vertentes no tocante à procura de seguros por parte de particulares, famílias, e mesmo até das empresas", reconhece José António de Sousa, presidente da Liberty Seguros. "Por um lado há uma crescente procura de coberturas para os riscos que aumentam com a crise (furto, roubo, assaltos, vida, saúde, etc.), por outro uma diminuição natural da procura por parte daqueles pais de família que têm que optar entre manter a cobertura de danos próprios no automóvel (versus a mais barata cobertura contra terceiros apenas), ou continuar a levar alimentos nutritivos para a família, ou que têm que optar entre continuar a poupar para a reforma (PPR), ou pagar a prestação da casa", constata o responsável da seguradora. "Nas empresas passa-se algo muito similar. As que reduziram pessoal, e portanto a folha de salários, também reduziram a cobertura em Acidentes de Trabalho, as que reduziram frotas ou as passaram a gerir de outra forma, também passaram a pagar menos prémios. Isso não significa que haja menor sensibilidade ao risco ou uma forma diferente de ver a necessidade de proteção patrimonial através dos seguros", conclui José António de Sousa. É, efetivamente, uma necessidade de escolha e de medição de prioridades, que se aplica em várias áreas da vida dos portugueses e que os seguros, naturalmente, não são exceção.

Nos seguros de vida, é também inegável a correlação entre a conjuntura económica e a evolução deste segmento de mercado, confirma ao OJE Oscar Herencia, general manager da MetLife." Tradicionalmente, pela sensibilidade e importância que estas áreas assumem, as famílias e particulares tendem a ser muito criteriosos e exigentes ao avançar para este tipo de produtos, que em maior ou menor instância vão ter impacto no seu futuro. No actual contexto socioeconómico, essas preocupações tornam-se ainda mais prementes e resultam em maiores considerações aquando de um investimento", refere o responsável da MetLife.
Maturidade é a palavra escolhida por Oscar Herencia para caracterizar o mercado de seguros que veio a encontrar em Portugal, salientando mesmo que a crise terá consolidado esse estado evolutivo do setor. "Hoje, os portugueses têm a noção de que uma apólice é muito mais que o preço do prémio ao final do mês: é uma garantia de estabilidade e de segurança. Ou seja, não é de todo um custo, é sim um investimento no futuro familiar por forma a protegerm-se contra qualquer adversidade", alega Oscar Herencia.

O preço, sempre o preço


Impossível de disfarçar é a crescente importância que o preço dos seguros assume na escolha da solução que se subscreve, seja em que ramo for. E esta teoria é válida tanto para clientes particulares, como para clientes empresariais. Milhares de mediadores espalhados pelo país sabem o que custa perder um contrato de seguro porque o cliente encontrou uma proposta 8 ou 9 euros mais barata. Mas acontece todos os dias. Cabe aos profissionais da mediação, mais do que nunca, fazer valer a qualidade do serviço que a sua empresa garante, a rapidez da assistência e a disponibilidade para resolver todos os problemas inerentes à gestão de um sinistro. Mas a verdade é que no momento da subscrição do seguro e do seu pagamento, o cliente não está perante nenhum sinistro e espera até que nunca venha a estar nessa situação. E esta lógica de "pagamento adiantado" por um serviço que nem sequer se tem a certeza de alguma vez vir a usufruir não abona em favor do trabalho que diariamente é assegurado pela distribuição profissional de seguros.

Mas depois surgem os casos mediáticos. As imagens de casas destelhadas, de fábricas arruinados, de culturas destruídas e carros despedaçados. Há quem tenha seguro e consiga ser ressarcido pelos danos sofridos. Há quem não tenha seguro e fique entregue à própria sorte. É nessa altura que muitos portugueses são confrontadas com a diferença substancial entre ter e não ter seguro. Pedro Seixas Vale lembra que "sendo pesada a fatura suportada nestes momentos, são estes, também a razão da existência das seguradoras e a maior evidência da importância dos seguros para a sociedade. Foi, por isso, com muita satisfação que se assistiu, uma vez mais, à célere e eficaz intervenção das seguradoras nestes sinistros, assumindo plenamente as suas responsabilidades e dedicando até recursos excecionais à peritagem e regularização dos processos". 

texto de 21/11/2013, retirado do jornal OJE on-line


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Fundação apresenta estudo europeu sobre a sinistralidade com ciclistas

O número de pessoas a andar de bicicleta está a crescer, não só em Portugal, como em toda a Europa. Exemplo de tal é o número de adeptos que cada vez mais optam pela utilização das ciclovias, das ruas, dos jardins para a prática deste desporto, bem como do número de iniciativas ligadas ao uso da bicicleta que têm vindo a ser desenvolvidas em Portugal. Devido a esta realidade, a Fundação MAPFRE Espanha uniu-se à Comissão Europeia e ao projecto europeu BIKE-PAL e elaborou um estudo inédito que revela dados surpreendentes da sinistralidade rodoviária com ciclistas na Europa.




Segundo o relatório apresentado, a grande maioria dos acidentes (70%) aconteceu em zonas urbanas e, principalmente, nos meses de Junho, Julho e Agosto. Cerca de 75% dos ciclistas perderam a vida na estrada, sendo que 50% como resultado de uma colisão, 25% em impactos contra veículos pesados e 20% por queda isolada do ciclista. Das vítimas mortais, nove em cada dez foram homens e 18% tinha menos de 20 anos.

«Numa altura em que cada vez mais gente utiliza a bicicleta como meio de transporte económico e não poluente, este estudo levado a cabo pela Fundação MAPFRE Espanha apresenta números preocupantes que merecem toda a consideração por parte das autoridades. É necessário tomar medidas que reforcem a segurança dos ciclistas mas, sobretudo, educar para a prevenção e para a adopção de práticas de segurança rodoviária, como o uso de capacete, um elemento de segurança primordial que previne duas em cada três lesões na cabeça», refere João Gama, director de comunicação e estudos de mercado da Fundação MAPFRE.

Veja aqui "A bicicleta e a Segurança Rodoviária"

Texto de Sandra Gonçalves, retirado do Diário Digital de 18 Outubro 2013




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Mudanças com o novo código da estrada, a partir de 01 Janeiro 2014

Capítulo 6 - Circulação em rotundas


Com a entrada em vigor do novo código da estrada, mudam as regras de acesso e circulação nas rotundas.

Assim,  passa a ser expressamente proibida a circulação pela via mais à direita da rotunda, salvo se se pretender sair da rotunda na saída imediatamente a seguir.

Ou seja, o comportamento a adotar pelo condutor deverá de ser o seguinte:

- ao entrar numa rotunda e caso tenha a pretensão de sair logo na primeira saída, deverá ocupar a via da direita;

- se não for esse o caso e assim pretenda sair numa das restantes saídas, o condutor só deverá ocupar a via de transito mais à direita, depois de passar a via de saída imediatamente anterior àquela por onde pretende sair, aproximando-se progressivamente desta e mudando de via depois de tomadas as devidas precauções.

Existem no entanto excepções a esta regra:

Os condutores de veículos de tração animal ou de animais, de velocipedes e de automóveis pesados, podem ocupar a via de trânsito mais à direita, seja qual for a saída que pretendam utilizar.

Quem não cumprir estas novas regras, arrisca-se a uma coima que vai dos 60 a 300 euros.