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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Fraude - Falsos acidentes triplicaram em cinco anos

O cenário é semelhante em todas as áreas de seguros. Nas pequenas fraudes, o número de casos detetados disparou 582%




O artigo que passo a descrever, já tem um ano (26/Maio/2012) e foi retirado da edição online do Dinheiro Vivo (DN + JN).
Não deixa de ser, no entanto, extremamente atual, daí a sua publicação neste blogue.

Alguém bate no seu carro e danifica o para-choques, mas quando vai reclamar à seguradora tenta ser indemnizado por danos que o carro já tinha.
Tem um eletrodoméstico avariado há semanas, mas a sua casa acaba de ficar inundada e isso dá-lhe argumentos para tentar incluir os custos da reparação no seguro.
Ou aproveita a trovoada como argumento para acionar o seguro que cobre o risco elétrico em caso de descargas anormais.

Estes são alguns exemplos de fraudes nos seguros cuja incidência tem vindo a aumentar, sobretudo com o agravamento da crise financeira e económica.
Não existem dados oficiais sobre a dimensão do fenómeno em Portugal, mas um estudo realizado pela segurador Liberty, a partir da sua atividade nacional, revela que a fraude duplicou em cinco anos, passando de 1% dos sinistros totais, em 2007, para 2% em 2012.
O ramo automóvel será um dos mais vulneráveis ao fenómeno. Comparando os resultados dos anos de 2007 e 2011, houve um aumento de 112% das fraudes detetadas.

Será isto apenas resultado da crise ?
"Parece não haver dúvidas de que a crise em que Portugal mergulhou tem reflexos não só económicos mas sociais. A fraude nos seguros é um deles: houve um aumento do número detetado em todos os ramos", diz Alda Correia, da Unidade Especial de Investigação da Liberty. Mais expressiva é a subida de 240% na deteção de fraude nos seguros multirriscos para habitação e comércio. Estes números refletem um procedimento mais rigoroso da seguradora na análise dos processos, "mas também o impacto da crise".

O aumento das práticas fraudulentas foi confirmando ao Dinheiro Vivo por um especialista na investigação de sinistros. Na sua estimativa, 15% a 20% dos casos que investiga têm origem em fraudes, sendo detetados, em média, 5%.
O ramo automóvel, mas também os acidentes de trabalho, em que a seguradora é chamada a substituir a empresa ou o rendimento do próprio em caso de trabalhador por conta própria, estão entre as áreas em que a fraude mais cresce.
As regiões onde se verificam mais casos são o vale do Sousa, em redor do Grande Porto, a margem sul de Lisboa e a região oeste.

Nas chamadas pequenas fraudes, em que os valores reclamados são inferiores a 500 euros, o número de casos detetados disparou 582% desde 2007. "Arrisca-se mais por menos dinheiro", realça Alda Correia.
O empolamento de danos num sinistro que efetivamente ocorreu, será o caso mais comum, tendo-se verificado um crescimento de 413% nos casos identificados nos últimos cinco anos. Mais significativo é o aumento de 211% no número de sinistros fictícios, mas também o nível de sofisticação: se em 2007 eram detetados sinistros em que os veículos já batidos eram postos à socapa num local onde se dizia ter ocorrido o embate, hoje há carros preparados para circular até ao lugar do acidente e que chocam intencionalmente, de preferência com testemunhas idóneas.

Um dos casos mais conhecidos que já foi levado a julgamento, é o da rotunda de Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia), onde 43 pessoas foram acusadas de ter provocado 138 acidentes, entre 2000 e 2006, com o objetivo de burlar as seguradoras. Os carros eram equipados com peças danificadas para agravar os custos de reparação. As indemnizações pedidas rondavam um milhão de euros.

Não são só as empresas de seguros que saem a perder com estas fraudes. Segundo estatísticas internacionais, os segurados estão a pagar prémios 10 a 15% superiores por causa do aumento dos sinistros falsos ou fraudulentos. 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cobertura de Ocupantes vs Seguro de Saúde

Já pensou que se se vir envolvido num acidente grave, que o leve a uma cama de um hospital, o capital contratado no seu seguro de Ocupantes (Despesas de Tratamento) poderá ser insuficiente ?



No seguimento do tema já abordado (Qual a importância do seguro de ocupantes?), desta vez irei comparar (de uma forma bastante sucinta) a diferença entre o seguro de Ocupantes e o seguro de Saúde, em relação a despesas de tratamento.

Como já referi anteriormente, todos os ocupantes de uma viatura, estão seguros (danos corporais) pela apólice de Responsabilidade Civil Obrigatória.  Excepto o condutor que, se tiver responsabilidade no acidente, estará excluído.
E, visto o SNS (Serviço Nacional de Saúde) não pagar qualquer despesa médica ao condutor causador de um acidente rodoviário,  a única maneira de se salvaguardar, será contratando a cobertura de Ocupantes (Protecção Ocupantes e Condutor).

No entanto existe uma outra forma de o condutor se precaver da eventualidade de se ver envolvido num acidente (da sua responsabilidade) e deste advirem ferimentos  - falo do seguro de Saúde.

Muitas das vezes esquecemo-nos que este, não cobre apenas a doença mas também o acidente.  E para além disso, não faz qualquer distinção se o mesmo (no caso de acidente rodoviário) foi da responsabilidade do sinistrado ou não.
Ter um seguro de saúde (mesmo que seja o "básico" - o qual terá como cobertura base a Hospitalização) é estar também salvaguardado de danos físicos decorrentes de um acidente de viação. E principalmente daqueles bem mais graves !
E porquê ?  Por causa dos capitais contratados !

Há que ter em atenção aos capitais habitualmente subscritos nos seguros de ocupantes, pois estes podem vir a ser "curtos" quando nos deparamos com internamentos hospitalares !
Para situações em que do acidente resultem apenas pequenas escoriações, os valores habitualmente subscritos, provavelmente serão suficientes. Mas o que dizer quando se trata de acidentes que levam para uma cama do hospital por vários dias ?  
Será que as várias despesas hospitalares,  não irão ultrapassar em larga escala esse capital de Despesas de Tratamento, do Seguro de Ocupantes?

Por isso, se é condutor, tenha em atenção ao seguro de Ocupantes que contratou ! Verifique se o capital que tem para Despesas de Tratamento (Condutor) é "suficiente" para um acidente mais grave, que possa vir a sofrer ! E lembre-se que se possuir um seguro de Saúde, estará também salvaguardado de um eventual acidente rodoviário (do qual seja responsável) e que do mesmo venha a sofrer danos corporais.

Nunca deixem de ler as condições gerais e particulares das apólices que possuem... mesmo que seja "aborrecido". 
























sexta-feira, 14 de junho de 2013


Conheça os produtos de poupança mais subscritos

Subscrições de PPR cresceram 57% face ao primeiro trimestre de 2012. Seguros de capitalização também cresceram.



O ano de 2013 começou marcado com as notícias que dão como certa a privatização dos seguros da Caixa Geral de Depósitos, mas só poderá vir a acontecer em 2014, depois de, no ano passado, se ter garantido a sua venda para este ano. 


O mercado está expectante em relação a este grande negócio, já que a Caixa, através da Fidelidade, é a maior empresa nacional de seguros. Todas as empresas contactadas pelo Diário Económico dizem que a sua privatização influenciará o mercado. A forma como influenciará é que ainda não se sabe. Depende de quem a comprar, de que forma essa compra será feita e da estratégia da empresa compradora.

Mas com ou sem privatização do maior grupo nacional segurador, é certo que o mercado português de seguros continua a funcionar. E os resultados trimestrais estão aí para mostrar que as seguradoras não estão paradas.

Entre os números da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), uma das maiores novidades é o incremento na produção de PPR, um produto que já estava há algum tempo em queda nomeadamente por ter perdido alguns benefícios fiscais.

De acordo com os números trimestrais da associação, a procura por este tipo de produtos aumentou 130 milhões de euros, sendo que o valor produzido em 2012 era de 230 milhões e, agora, passou a ser de 360 (subida de 57%).

Também os produtos de capitalização registaram um aumento neste primeiro trimestre do ano, passando de 1,1 mil milhões de euros para 1,2 mil milhões em 2013.

A produção de rendas vitalícias também cresceu. No primeiro trimestre de 2012 a produção era de 9,6 milhões de euros.Já 2013, os valores ultrapassaram aos 14,3 milhões.
Em contrapartida, os produtos de risco caíram em 18 milhões de euros.

Os valores de produção de produtos de poupança são confirmados pelo Instituto de Seguros de Portugal no relatório do primeiro trimestre: "a produção de seguro directo do ramo Vida evidenciou uma recuperação, registando um aumento de 15,5% face ao primeiro trimestre de 2012. Este crescimento, na ordem dos 246 milhões de euros, resultou essencialmente, da variação positiva ocorrida nos contratos de investimento não ligados a fundos de investimento" - tipicamente produtos de poupança sem participação nos resultados, mas com capitais e, eventualmente, taxas garantidos.

No sentido descendente, e ainda de acordo com os dados do ISP, a produção dos ramos não vida feita até 31 de março de 2013 ultrapassou os 931 milhões de euros, menos 45 milhões (4,6%) que em igual período do ano anterior. Neste período, todos os ramos apresentaram esta tendência, excepção feita para os ramos Marítimo e Transportes e Mercadorias Transportadas.

No que respeita aos custos com sinistros, será de destacar que estes terão crescido 4,9%, "devido essencialmente ao aumento de cerca de 18,8% no ramo Incêndio e Outros Danos", refere o relatório do ISP deste período.



Seguradoras com resultados positivos

Os resultados líquidos das seguradoras no primeiro trimestre deste ano foram positivos, tendo chegado aos 137 milhões de euros.
"A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pelo ISP situou-se, em Março de 2013, na ordem dos 240%", refere o relatório. Das 42 empresas de seguros, 29 apresentaram resultados positivos.
Em 2012, os cinco líderes na produção total de Vida e Não Vida eram a Fidelidade, o Bes Vida, a Ocidental Vida, o Santander e a Allianz. A evolução de algumas destas seguradoras tem sido surpreendente. O Bes Vida, por exemplo, depois de três anos (2009, 2010 e 2011) em terceiro lugar, passou para o segundo posto no ano passado. E a Allianz, que em 2009 estava em oitavo, em 2010 em sétimo e em 2011 em quinto, no ano passado ocupou ou quinto lugar na tabela. Já a Fidelidade mantém há vários anos a liderança.
PPR
Subscrição de PPR aumentou 57% entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2013, diz APS.
57%
Automóvel
Produção de seguros automóvel caiu 21 milhões de euros no primeiro trimestre de 2013 face ao período homólogo de 2012, diz APS.
-21 milhões de euros
Incêndios
Os custos com sinistros como incêndios e outros danos subiram 18,8% em relação ao primeiro trimestre de 2012, diz o ISP.
+3 milhões de euros
Nota: Artigo publicado no suplemento de Seguros publicado na edição impressa do Diário Económico de 16 de Maio de 2013



quarta-feira, 5 de junho de 2013

Seguro Empregada Doméstica

Sabia que se tem empregada doméstica ao seu serviço, que é obrigatório por lei o seguro de Acidentes de Trabalho ?



O seguro de Acidentes de Trabalho - Empregada Doméstica, permite-lhe cumprir a obrigação legal que recai sobre si, se tem empregados ao seu serviço, sejam eles a tempo inteiro ou parcial.

É um seguro que garante a sua responsabilidade pelo pagamento das prestações obrigatórias de assistência e financiamento, necessárias à recuperação da sua empregada doméstica, em caso de ocorrência de um acidente de trabalho.

E isto tanto durante o período de trabalho, como durante o trajecto de e para o local de trabalho.

As suas responsabilidades, como entidade patronal, passam a ser da Companhia de Seguros.

Por isso, porquê arriscar ?! 

Não hesite ! Peça uma simulação para o seu caso.