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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Fundação MAPFRE publica estudo de investigação sobre “Cefaleias e enxaquecas, um risco para a condução”

Um em cada três condutores que sofre de cefaleias acha que esta doença é um risco para a segurança rodoviária, segundo um estudo de investigação da Fundação MAPFRE.



Alterações da visão, falta de mobilidade nos braços e pernas, dificuldade para a concentração e lentidão de reflexos são alguns dos sintomas mais frequentes das cefaleias e das enxaquecas. Esta doença, crónica e sem cura, pressupõe habitualmente um risco para a segurança rodoviária, segundo um em cada três condutores que dela padecem. Metade dos condutores que sofrem de cefaleias acha que este tipo de doenças pode ser, em algumas ocasiões, um fator de perigo para a condução.

As cefaleias, e especialmente as enxaquecas atingem cerca de 15 por cento da população, principalmente mulheres, e repetem-se no mínimo e em média entre 3 e 6 vezes por mês. São mais frequentes no verão, devido ao excesso de sol, às mudanças de pressão e de temperatura, ao abuso de bebidas alcoólicas e alimentos muito frios.

Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Cefaleias e enxaquecas, um risco para a condução de veículos: Conhecer primeiro para prevenir depois”, realizado pelo Grupo de Neurologia da Associação Espanhola de Especialistas em Medicina do Trabalho (AEEMT) e pela Associação Espanhola de Pacientes com Cefaleias (AEPAC), em colaboração com o Instituto de Segurança Rodoviária da Fundação MAPFRE.

O objetivo deste relatório, pioneiro em Espanha, é conhecer a influência que as cefaleias e os medicamentos que se utilizam para as combater têm na condução. Com os resultados deste estudo, realizado com cerca de 350 pessoas com diferentes tipos de cefaleias, o trabalho propõe medidas preventivas para favorecer a diminuição do risco de acidentes de trânsito entre este tipo de pacientes.

Os efeitos das cefaleias obrigam a que quase metade dos condutores procurem uma zona de descanso ou uma área de serviço na estrada até que os sintomas diminuam. Um em cada cinco teve que chamar um familiar ou um amigo para procurar ajuda e 12,5 por cento dos condutores viu-se obrigado a parar o seu veículo de maneira temporária até que desapareçam os sintomas.

Segundo a investigação, mais de 40 por cento dos interrogados sofrem de diminuição de mobilidade ou falta de sensibilidade nas extremidades, e um em cada três tem problemas de visão causados pelas cefaleias.

Um dos dados mais relevantes do relatório é que nem todas as cefaleias têm os mesmos sintomas, pelo que convém distingui-las para saber como influenciam a condução. Nas cefaleias de tensão, os sintomas podem-se tratar com analgésicos simples ou anti-inflamatórios, enquanto que as enxaquecas provocam uma dor aguda que limita por completo a atividade diária das pessoas que delas padecem.

Mas não só a própria doença dificulta a condução. O principal perigo encontra-se com frequência na medicação que consomem estas pessoas para tratar ou prevenir os sintomas e a dor. Estes fármacos, alguns deles antiepiléticos e antidepressivos, podem produzir efeitos adversos e o seu principal efeito na condução é a fadiga, da qual padecem quase sete em cada dez afetados por esta doença. Outros efeitos relacionados com a medicação preventiva, e que podem pôr em perigo o condutor, são a sonolência, a dificuldade para se concentrar, as alterações da visão, a lentidão de reflexos e a desorientação.

Entre as várias recomendações propostas no relatório da Fundação MAPFRE para que as pessoas que sofrem de cefaleias saibam como prevenir e diminuir o risco ao volante destacam-se: evitar a automedicação, seguir as instruções do médico, comunicar-lhe os efeitos que os fármacos têm, e valorizar as circunstâncias individuais e laborais do doente com o objetivo de selecionar os fármacos que menos limitem a capacidade laboral e que minimizem ou evitem o risco de acidente.

Também se aconselha seguir diretrizes simples, tais como, sentar-se o mais comodamente possível, tendo em conta as costas e a altura do assento, o encosto de cabeça, os aparelhos retrovisores e a distância do volante e dos pedais. Todas estas diretrizes contribuirão para evitar posturas forçadas, movimentos repetitivos e esforços musculares da coluna vertebral que podem desencadear ou potenciar as cefaleias.

Poderá aceder também aqui ao estudo completo da Fundação MAPFRE.

Notícia retirada da NEWSLETTER N.º261 de 05 Setembro 2013, da Mapfre Seguros



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Fundo Garantia Automóvel

O que é ?  Para que serve ?


Afinal o que é o  FGA para o qual todos nós contribuímos quando pagamos o nosso seguro automóvel ?




Não tem muitos anos, este fundo público autónomo, gerido pelo Instituto de Seguros de Portugal.
Criado pelo Decreto-Lei nº.408/79, nos termos do Decreto Regulamentar nº.58/79, ambos de 25 de Setembro, tem actualmente a definição do âmbito da sua intervenção e atribuições, regulamentada pelo Decreto-Lei nº.291/2007.
Este fundo pode ser accionado sempre que tenham ocorrido danos resultantes de acidentes de viação, nas seguintes condições:

- Tenham sido originados por um veículo de matrícula portuguesa sem seguro automóvel válido;

- Por um veículo sem matrícula ou com a mesma falsa ou ainda por um veículo a motor que por Lei não esteja sujeito ao seguro obrigatório;

- Por veículo sujeito ao seguro obrigatório, com estacionamento habitual em Portugal ou matriculado em país que não tenha serviço nacional de seguros, ou cujo serviço não tenha aderido ao acordo entre serviços nacionais de seguros;

- Por veículo importado de um estado membro, por um período de 30 dias a contar da data da aceitação da entrega pelo adquirente, mesmo que o veículo não tenha sido formalmente registado em Portugal.

Este fundo garante as indemnizações que se mostrem devidas por:

- Morte ou danos corporais, quando o responsável não é conhecido (abandono do local do acidente, por exemplo) ou não tem seguro válido;

- Danos materiais, quando o responsável é conhecido mas não tem seguro válido;

- Danos materiais, quando o responsável é desconhecido e tenha abandonado o veículo causador do acidente no local, desde que confirmado pelas autoridades competentes;

- Danos materiais, quando o responsável é desconhecido e haja danos corporais "significativos". Entende-se por estes, quando causem morte, internamento hospitalar igual ou superior a 7 dias, incapacidade temporária absoluta superior a 60 dias ou incapacidade permanente igual ou superior a 15%

As vítimas serão indemnizadas mas apenas até ao montante do capital obrigatório - 1.000.000,00 para danos materiais, 5.000.000,00 para danos corporais.
Uma vez  paga a indemnização, o FGA pode exercer o direito de regresso, exigindo ao responsável pelo acidente a devolução das quantias pagas às vítimas, acrescidas de juros de mora (legalmente estabelecidos).

Desde 21/10/2007, por força da nova Lei do Seguro Automóvel - Decreto-Lei nº.291/2007, de 21 de Agosto, deixou de ser aplicada qualquer franquia aos acidentes ocorridos.
Assim sendo, apenas para os acidentes ocorridos até essa data, há lugar à franquia de 299,28 euros, relativamente a Danos Materiais. 

O recurso ao FGA só é possível se o acidente tiver ocorrido em território nacional e tiver sido participado às autoridades competentes.
Para participar um acidente ao FGA, deverá dirigir-se ao Instituto de Seguros de Portugal ou aceder ao site desta entidade www.isp.pt.
Neste último caso terá disponível os impressos próprios para esse efeito.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Fundo de Garantia Automóvel lucra 37,5 milhões com menos acidentes em 2012 

Número de sinistros analisado caiu 9%. O ISP atribui esta evolução à crise e à queda do tráfego automóvel. O investimento em dívida pública contribuiu para o lucro 




O número de acidentes rodoviários reportados ao Fundo de Garantia Automóvel (FGA) caiu 9% no ano passado, para 4604. Segundo o Instituto de Seguros de Portugal (ISP), que gere o fundo, "a evolução da abertura de processos ao FGA evidencia uma redução da sinistralidade que se vem a observar desde 2004".

Apesar da "ausência de dados que permitam aferir de forma exacta a evolução do parque automóvel sem seguro (e que é coberto pelo FGA), atribui-se esta tendência, pelo menos em parte, à evolução da situação macroeconómica, que se manifestou também numa redução da circulação rodoviária", acrescenta o ISP no relatório de gestão do ano passado, ontem publicado em Diário da República. A descida ainda foi mais expressiva no número de situações em que o responsável foi dado como desconhecido, que caiu 56% em 2012.

Também o número de processos em tribunal e o valor das respectivas indemnizações baixou.
Esta situação traduziu-se numa queda acentuada, de 23%, no valor das indemnizações pagas, que ascenderam a 18,4 milhões de euros o ano passado. 
A evolução pesou na inversão dos resultados do fundo, que passaram de negativos a positivos. Em 2011, o FGA registou um prejuízo de 4,6 milhões de euros, que passou a lucros de 37,5 milhões de euros no ano passado. 
Além de menos acidentes envolvendo carros sem seguros, as contas beneficiaram do efeito financeiro da política de investimento do fundo que privilegiou aplicações em dívida pública portuguesa de curto prazo que representam 35% da carteira. 
O activo cresceu 4,5%, para 377,9 milhões de euros, em grande parte graças a uma queda das provisões, graças à rentabilidade gerada pelas aplicações em dívida e à sua valorização no mercado.

A situação financeira do fundo beneficiou igualmente da redução de provisões técnicas que é justificada pela "diminuição da sinistralidade da actual conjuntura económica". 
O FGA, que é financiado pelas contribuições das seguradoras em função dos prémios do seguro automóvel, teve receitas de 34,2 milhões de euros o ano passado.


ACIDENTES DE TRABALHO 
Em sinal contrário, evoluiu número de processos de indemnização por acidentes de trabalho, que cresceu 11% o ano passado, para 538. No final de 2012, o Fundo de Acidentes de Trabalho (FTA), gerido pelo Instituto de Seguros de Portugal, tinha entre mãos a gestão de 1689 processos.

Este fundo é financiado pelas seguradoras, através dos seguros para este tipo de sinistros, e tem como missão pagar indemnizações ou pensões quando as entidades empregadoras não têm capacidade económica para o fazer. Em 2012 foram indemnizados 332 sinistrados por incapacidades temporárias, tendo sido atribuídas 290 pensões.

Criado em 2000, o FTA registou um prejuízo de 28,8 milhões de euros, contra lucros no ano anterior. Os fundos próprios negativos alcançaram 379,8 milhões de euros, devido à transferência das responsabilidades de entidades públicas entretanto extintas. No entanto, sublinha a gestão, "não se estima que o FTA venha a ter problemas de solvência financeira a longo prazo".


Texto retirado de ionline.pt/artigos/dinheiro
Publicado em 25 Jun 2013 - 05:00, por Ana Suspiro